Projeto Pedagógico do Curso

O profissional tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, egresso do IFRS Campus Rolante, deverá ser um profissional com sólida formação técnica, pensamento crítico, sistêmico, humanístico e com significativa capacidade de solucionar problemas complexos. Ademais, este profissional deverá ser proativo, almejando sempre evoluir tecnicamente, através da busca de novos conhecimentos e pela constante atualização profissional e pessoal, a fim de ampliar seus horizontes e estar inserido no pioneirismo da vanguarda tecnológica. Nessa perspectiva, a área de Tecnologia da Informação (TI), cada vez mais em voga, encontra-se em crescente e forte expansão, atraindo muitos profissionais para atuar nos grandes centros do nosso país e também em muitos outros países, ao redor do mundo, de renomado reconhecimento e prestígio tecnológico.

Esse fato ocorre, já que frequentemente faltam profissionais qualificados para atuar nessa área, principalmente, nas áreas específicas de desenvolvimento de software e infraestrutura de redes de computadores. Assim, algumas vezes é comum não serem preenchidas ofertas de vagas de empregos com boas remunerações, já que nosso país ainda carece de profissionais qualificados para preencherem essas vagas em áreas mais específicas da TI que exigem um nível de expertise e conhecimento mais refinado na contratação de tais profissionais.   

Para preencher estas vagas, as organizações exigem destes profissionais sólidos conhecimentos e também, muitas vezes, sólida experiência. Além de notório conhecimento técnico, também é necessário possuir boa capacidade de gestão, liderança de projetos, comunicação, relacionamento interpessoal e sinergia no envolvimento coletivo com os colegas de trabalho das mais diversas áreas que existem dentro das organizações. No que tange aos conhecimentos técnicos, deseja-se que estes egressos tenham conhecimentos necessários para saber analisar requisitos, projetar, desenvolver, documentar, especificar, testar, implantar e manter estes sistemas computacionais de informação atualizados e principalmente seguros.

Nesse contexto, espera-se que tal profissional tenha boa capacidade de raciocínio lógico e abstração, bem como seja conhecedor de diversas metodologias de desenvolvimento de projetos, linguagens de programação e suas vertentes tecnológicas, que frequentemente são utilizadas para maximizar o desenvolvimento de novos sistemas computacionais como um todo.

Ainda, tem-se como expectativa que o egresso do curso, através dos conhecimentos fundamentais adquiridos no componente de empreendedorismo, desperte o espírito empreendedor, para que, se não em curto prazo, mas a médio ou longo prazo, também possa empreender, como por exemplo, a criação de uma “Startup”. Dentro de mais esta possibilidade, a concretização de novas empresas de cunho tecnológico no país pode proporcionar avanços importantes no progresso da ciência, tecnologia, inovação e comunicação brasileira, já que a partir disso, fomenta-se a geração de novos empregos, alavanca-se a economia e, por conseguinte, necessita-se gastar menos com importações tecnológicas. Seguindo dentro desse contexto, com maior incentivo à inovação e ao desenvolvimento de novos produtos tecnológicos por parte das autoridades competentes que governam nosso país, tanto as empresas consolidadas, de alto valor agregado e de alta tecnologia brasileira, quanto as recém estabelecidas no mercado, podem competir com empresas estrangeiras de forma mais eficaz e assim se manter nesse nicho tão importante para o avanço econômico e crescimento substancial do país.

São competências almejadas pelo tecnólogo analista e desenvolvedor de sistemas:

●     Projetar e construir algoritmos com elevados padrões de qualidade e posteriormente implementá-los em linguagens de programação; 

●     Conhecer e compreender os diversos fundamentos da programação de computadores, com ênfase na programação orientada à objetos;

●     Utilizar a linguagem SQL (Structured Query Language) na construção, implementação e acesso de Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD) interagindo com a programação;   

●     Projetar e implementar bancos de dados relacionais e não relacionais para sistemas de informação; 

●     Analisar, projetar, implementar e validar sistemas de informações; 

●     Compreender os fundamentos, conceitos, características, processos, métodos e ferramentas do desenvolvimento de softwares no paradigma orientado a objetos;

●     Realizar a modelagem de sistemas de informação utilizando a UML (Unified Modeling Language);

●     Analisar, projetar e avaliar a interface homem-máquina e a usabilidade de sistemas de informação; 

●     Compreender os fundamentos teóricos e práticos de sistemas operacionais que suportam os sistemas de informação; 

●     Compreender os fundamentos teóricos e práticos de redes de computadores e sistemas distribuídos, as camadas dos modelos de arquitetura, o funcionamento dos principais protocolos em cada camada;

●     Compreender os modelos de estrutura, bem como os níveis e a hierarquia organizacional, as funções empresariais e seus processos de negócios; 

●     Compreender as características dos sistemas de informação operacionais, táticos e estratégicos no âmbito das organizações; 

●     Reconhecer a importância dos sistemas de informação para as organizações se estabelecerem de maneira competitiva no mundo do trabalho, impactando na qualidade de vida e em diversos outros benefícios para a sociedade, de maneira transparente, ética e socialmente responsável; 

●     Planejar e especificar a infraestrutura de tecnologia da informação para dar suporte aos sistemas de informações das organizações;  

●     Diagnosticar problemas nas organizações e sugerir melhorias às mesmas, propondo alternativas de soluções baseadas em sistemas de informações;   

●     Auxiliar os profissionais de outras áreas da organização a compreenderem os benefícios na utilização de sistemas de informação para a automatização e maior agilidade na concretização das tarefas das diferentes áreas de negócio atuantes da organização; 

●     Conhecer, planejar e implementar metodologias de gestão de projetos de software no desenvolvimento de sistemas computacionais, de acordo com os objetivos estratégicos de negócios das organizações; 

●     Aplicar e implementar as recomendações e normas de qualidade e de segurança da informação no ambiente organizacional e no desenvolvimento de sistemas computacionais como um todo; 

●     Conhecer, compreender e manipular tecnologias e ferramentas proporcionando agilidade no desenvolvimento de sistemas computacionais e facilitar a manutenção e integração destes sistemas com sistemas legados; 

●     Desenvolver a habilidade de trabalhar em equipe, entendendo o importante papel das relações humanas para atingir os resultados almejados dentro das organizações; 

●     Identificar no mundo do trabalho novas oportunidades de negócio, permitindo a criação de novos empreendimentos relacionados à tecnologia da informação.

A metodologia parte do pressuposto de que o estudante é sujeito ativo e protagonista no processo de construção do seu conhecimento, que emerge da interação com o docente através do trabalho educativo intencionalmente construído pelos sujeitos do processo. Cabe a eles estabelecer a condução do processo ensino aprendizagem pelo permanente desafio do raciocínio crítico e pela progressiva integração de novos conhecimentos às experiências prévias. As ações educativas baseiam-se na mobilização para o conhecimento, possibilitando o estabelecimento de vínculos significativos entre o sujeito e o objeto. A mobilização implica na clareza do assunto, na forma de trabalho, nas relações interpessoais entre os sujeitos, os objetos de conhecimento e o contexto em que se inserem.

A metodologia dialógica e dialética requer o estabelecimento de relações com as necessidades dos sujeitos, sejam elas: “intelectual, afetiva, ética, física, lúdica, estética, espiritual, econômica, política, social, cultural” (VASCONCELLOS, 1992, p. 8). Após essa elaboração inicial das representações mentais, passa-se à construção do conhecimento, que possibilita que os sujeitos captem as essências do objeto para construir novos conhecimentos através da elaboração de relações mais abrangentes e complexas. Esse processo implica no desenvolvimento operacional em que se estabelecem relações analíticas significativas entre as representações, ideias, conceitos do sujeito e do objeto em um determinado contexto sócio histórico. A práxis é o resultado da atividade criativa do sujeito para conhecer o objeto e das articulações desse conhecimento com a realidade.

De acordo com Kosik (1985, p. 206), “conhecemos o mundo, as coisas, os processos somente na medida em que os ‘criamos’, isto é, na medida em que os reproduzimos espiritualmente e intelectualmente”. Por fim, é imprescindível a elaboração de sínteses dos conhecimentos com vistas à ampliação da integração e compreensão dos mesmos, a fim de estabelecer relações entre o abstrato e o concreto com o intuito de transformar a realidade de forma crítica, criativa e ética.

Para Vigostky (1987, p. 49), “a formação dos conceitos é seguida por sua transferência para outros objetos: o sujeito é induzido a utilizar os novos termos ao falar sobre outros objetos [...], e a definir o seu significado de uma forma generalizada”.

A metodologia visa mobilizar os saberes necessários para a formação do aluno, de acordo com os documentos normativos e o perfil do egresso anteriormente exposto, bem como oportuniza desenvolver a capacidade de aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a conviver, aprender a ser e aprender a resolver problemas, intervindo na realidade.

O processo de ensino aprendizagem requer metodologias que articulem o ensino, a pesquisa e a extensão com vistas a uma formação multidimensional e ao bem viver. No Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, cada docente, de acordo com seu plano de ensino, explicita as metodologias a serem utilizadas no processo de ensino aprendizagem, tais como aulas expositivas dialogadas, atividades práticas em laboratórios e ambientes de aprendizagem (presenciais ou virtuais), observações e inserções em contextos educativos matemáticos, saídas de campo, resolução de exercícios, estudos de caso, apresentação e desenvolvimento de trabalhos e seminários.

Busca-se, além da acessibilidade pedagógica, a acessibilidade atitudinal, por meio de metodologias de ensino diferenciadas com vistas a qualificar a prática pedagógica e alcançar os objetivos estabelecidos, e por meio da adaptação curricular. Para isso, o curso possui o suporte da equipe multidisciplinar da Assistência Estudantil e pedagógica, e do Núcleo de Ações Afirmativas do Campus Rolante.  Além disso, o IFRS dispõe da Assessoria de Ações Inclusivas (AAI) e do Centro Tecnológico de Acessibilidade que prestam apoio aos campi da instituição.

O projeto de Avaliação Institucional do Curso será decorrente de um programa maior, intitulado Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior – SINAES, regulado pela Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, formado por três componentes principais: avaliação institucional, avaliação externa e ENADE. Dessa forma, os elementos básicos do sistema de avaliação do curso são apresentados a seguir.

 

4.23.1 AVALIAÇÃO INTERNA: AUTOAVALIAÇÃO

 

            Conforme o Projeto de Desenvolvimento Institucional (PDI) do IFRS, a avaliação institucional é um processo contínuo que visa gerar informações para reafirmar ou redirecionar as ações da Instituição, norteadas pela gestão democrática e autônoma, garantindo a qualidade no desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão. A CPA (Comissão Própria de Avaliação), no âmbito do IFRS, e a SPA (Subcomissão Própria de Avaliação), no âmbito do campus, são responsáveis pela realização do processo de avaliação na instituição.

A avaliação do docente pelo discente é realizada semestralmente e tem como instrumento de coleta de dados um questionário de forma on-line para cada componente curricular e turma. Para a aplicação estão previstas as etapas de preparação, planejamento, sensibilização e divulgação. Após a consolidação, é apresentado um relatório global. Esse instrumento visa avaliar o desempenho docente e o conteúdo do componente curricular.

Além da avaliação docente pelo discente, a avaliação pelos docentes, a autoavaliação discente e a avaliação do curso também ocorrem semestralmente. Nesse processo, o objetivo maior é oferecer subsídios para o Curso reprogramar e aperfeiçoar seu projeto pedagógico.

 

4.23.2 AVALIAÇÃO EXTERNA

 

A avaliação é um importante instrumento, crítico e organizador das ações do FRS e do Ministério da Educação. Essa avaliação é composta por dois mecanismos de avaliação do MEC, que são: o Exame Nacional de Cursos, previsto pelo Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior – SINAES — e a avaliação efetuada pelos especialistas do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – INEP, que servirão para verificar a coerência dos objetivos e perfil dos egressos do curso com as demandas da sociedade.

Ao inserir-se no SINAES, o IFRS reafirma a avaliação como diagnóstico do processo e se propõe a dar continuidade à consolidação de uma cultura de avaliação junto à comunidade. O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) integra o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (SINAES) e avalia, juntamente à avaliação institucional e à avaliação dos cursos de graduação, a relação entre os conteúdos programáticos, as habilidades e competências projetadas para os egressos e o nível de atualização dos estudantes com relação à realidade brasileira e mundial.

O ENADE é censitário, instituído pela Lei nº 10.861 de 14/04/2004, e a participação no Exame constará no histórico escolar do estudante ou, quando for o caso, sua dispensa pelo MEC. O INEP/MEC constitui a amostra dos participantes a partir da inscrição, na própria instituição de ensino superior, dos alunos habilitados a fazer a prova.

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