Uma proposta de análise e de diversificação das questões de Lógica da OBMEP para seu uso na Educação Básica
raciocínio lógico; ensino de lógica; proposta didática; resolução de problemas
Ao longo dos anos, a cada nova edição da OBMEP que foi sendo aplicada nas turmas em que trabalhei, foi sendo criada a percepção de que as questões que mais intrigavam os alunos eram as que envolviam raciocínio lógico puro, sem a necessidade de se usar um conhecimento matemático específico. Incrédulos, os alunos questionavam se, para aquelas questões, precisariam fazer alguma “continha”. Dessa percepção, teve início a ideia de se trazer problemas de lógica, como os que se encontram em revistas de puzzles, para a sala de aula, como ferramenta para aguçar o raciocínio dos alunos. A BNCC aponta o raciocínio lógico como uma competência a ser desenvolvida nos estudantes do Ensino Fundamental e Médio, muito embora, mantenha isso atrelado aos conteúdos matemáticos. Tal visão pode reforçar a ideia de que encontrar padrões, formular estratégias de resolução e investigar hipóteses seja algo menos matemático. Porém, campos inteiros do conhecimento matemático, como a teoria dos grafos, surgiram por mera especulação de enigmas que atiçaram mentes curiosas. Com essa dissertação, procura-se abrir espaço para que questões de lógica sejam protagonistas, com vistas a implementar o ensino de lógica proposicional e de predicados, excluídas do currículo, mas fundamentais para instrumentalizar os alunos com ferramentas que os auxiliem a orientar o raciocínio. Para tanto, toma-se como referência as questões de lógica da OBMEP, que oferecem um ponto de partida interessante para se trabalhar com base na metodologia de resolução de problemas.